segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Renascendo

Sou feita de poesia.
Alimento-me da beleza.
Inspiro o som dos Deuses,
revelo os meus segredos.
Praia imensa de finos grãos de areia, povoam a minha mente.
Sóis rasgados entre cactos gigantes.
Penas penduradas nas janelas dos meus quartos.
Não sou feita de gente.
Moro nos espaços em branco, cheios de nada, cheios de ser.
Ancoro as pernas à Terra e solto o coração ao vento.
Pássaros dourados, flamejantes que esvoaçam espampanantes bem à minha frente.
Fruto de dentro.
Janela sem medo.
Ouves a história?
Reconheces as letras?
Foram deixadas pelo sabor do vento.
Respira.
Respira as notas que tocam, que tão bem encantam.
A música vem dos Anjos, não dos humanos.
Simbiose perfeita.
Comunhão entre os Elementos.
Sou gente.
Gente que vive com a poesia dentro.
Obra que cresce e segue em direcção ao Firmamento.
Poeta de dentro.
Alma quieta.
Respirando na certeza,
de tudo estar certo.....

Voando...

Dina Sahasra Mahadeva

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Amizade

Amizade não são datas ou tempo de validade.
Amizade é amor.
E num momento o amor surge e a amizade acontece.
Ser amigo é ser os lados todos.
O que gostamos e não gostamos.
Ser amigo é tão somente ser-se o que se é.
Sinto-me tão grata.
Ultimamente vou descobrindo amizade em todos os cantos por onde passo.
As relações íntimas crescem num ápice.
Estamos tão mais crescidos, desinibidos.
Cada vez mais, somos o que realmente somos.
Encontro pessoas lindas no meu Caminho.
Olhos cheios de esperança, sorrisos abertos, corações despertos.
Adoro estar viva, assim desta maneira tão subtil, mas tão profunda.
Vejo nos outros partes de mim.
Cresco no corpo do outro, na palavra que vem de dentro, no toque sincero.
Amar é a melhor coisa da vida. Se tiverem que ter um vício, que seja o amor.
É mais doce que o chocolate, mais quente que o Sol e mais benéfico que qualquer outro vício.
Amar é bom.
Traz Paz, traz esperança, dá bases, solidifica, dá saúde e faz sorrir.
Amem o próximo, o vizinho, o desconhecido, o que até então era apenas um conhecido.
Não rotulem, não julguem, não discriminem.
Dêem essa oportunidade a vocês próprios, abram o coração e deixem-se ser surpreendidos.
O Amor é magnífico.

Dedico este texto a todos os que me ensinam e tão bem mostram o Caminho, lembrando sempre como é tão bela a Vida.

Gui e Patrícia, recebam um abraço quente, um sorriso sincero e um beijo ternurento.

OM NAMAH SHIVAYA

Dina Sahasra Mahadeva

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Amar é Vencer

Amar é saber perdoar.
É deixar de saber e simplesmente ser.
É baixar as armas e render-se.
Render-se ao outro e aos seus aparentes defeitos.
No amor não existem defeitos, no amor tudo faz parte e tudo está certo.
Ver beleza na diferença, na dificuldade do outro é mergulhar profundamente no nosso ser e viajar pela estrada do deslumbramento.
Amar é vencer. É deitar abaixo todas as paredes e com firmeza sorrir ao que está fora e dentro.
Somos feitos de papel como somos feitos de cera.
Somos pedaços de histórias, somos raízes enraizadas em dor e sofrimento.
Talhando as terras em volta e deixando que os raios de sol entrem, vemos a semente.
As sementes.
A paz. A beleza. A luz. O belo. O total.
Vemos que não somos um, nem dois.
Somos tudo. Somos tanto. Somos tão belos.
Todos.
Hoje, sinto-me mais bela, mais gente, mais singular e colectiva na chama que é todo o nosso Universo.
Viajantes, caminhantes, deixem cair os panos e amem tudo o que estiver à vossa frente.
Medo. Culpa. Raiva. Dúvida. Belo. Feio. Branco. Negro.

Com muito amor.

Dina

domingo, 15 de novembro de 2009

Deixar ir...

A duas semanas de partir, venho até aqui.
Ontem dei por mim a perguntar ao Céu:
“Índia porque é que chamas por mim?”, “O que é que queres de mim?”.
E assim que faço estas perguntas, algo estremeceu cá dentro e uma sensação quente apoderou-se do meu coração. Sorri e deixei-me ir.
Tenho sentido tantos medos, parece que o tapete da sujeira levantou-se sem mesmo ter pedido. Há coisas que não se controlam, elas simplesmente acontecem.
E é o deixar acontecer que ainda não encontro em mim e é aqui que os pensamentos do medo aparecem e querem tomar conta de mim.
Somos seres pensantes, seres racionais e de cada vez que nos deparamos com algo novo, o sistema informático começa a agir.
De acordo com as nossas crenças, limitações, desejos e afins, o corpo faz um print e num de repente começa um ir e vir de sentires.
E assim se vive, numa eterna simbiose com o que se pensa, sente, faz e diz.
Criar uma ponte entre todas estas realidades é uma mestria e viver de acordo com todas elas, é a chave para se ser feliz.
Ao meu redor há discursos de medo, de frustações, de desejos perdidos, bem como palavras de esperança, forças do caminho. Dentro de mim continua este ímpeto, que vibra sem eu mesma pedir.
Ontem perguntei ao Céu o porquê de tudo isto?
A minha mente ainda tem medo de ver, mas o meu coração sente e pede-me para ir.
Num cenário meio tenebroso, pouco seguro, parto para a aventura.
Parto para uma aventura chamada amor, que cresce e aquece o meu coração todos os dias.
Não sei ao que vou, nem tão pouco o que vou encontrar.
Com todas as janelas bem abertas, vou.
De sorriso nos lábios e num infindável corropio de sensações e emoções, parto por fim.
No coração levo a esperança dum novo surgir, aquele que há tanto espero e que sei existir.
Os gnomos, as fadas, as estrelas, os povos dançantes existem sempre se assim o permitirmos.
Se deixarmos as portas abertas, todos eles saberão que são bem-vindos e quando menos esperarmos a beleza das suas luzes estarão nas nossas vidas.
Viver? Sim, muito.
Arriscar? Por Amor? Sim. Sempre.
Como diz o poeta: “Vale sempre a pena, quando a Alma não é pequena”.
Vão atrás dos sonhos engavetados, abram as gavetas com carinho e deixem-se levar.
E quando os medos subirem, peçam ajuda ao Céu e miraculosamente o Divino se manifesta e os vossos corações voltarão a sorrir.
Que a minha paz, alegria e sabedoria seja a ponte entre mim, entre ti.
No caminho do Amor não existe eu ou tu, existe apenas uma via, um meio, para se chegar a casa por fim..
O nosso destino é sempre o caminho do amor, o número da nossa porta escreve-se sempre com quatro letrinhas apenas :)
Na penúmbra da noite, no silêncio do meu sentir, estará cada um de vós a vibrar por aquilo que todos nós desejamos, ser felizes.

Sejam todos muito felizes.

Até já.

Dina

... de regresso a casa.

OM NAMAH SHIVAYA*

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Colaboração com a revista Zen Energy

We are free, to be free

Escolhas. A toda a hora, a todo o instante.
Variáveis, variantes, escolhas dançantes, ondulantes.
Pensamentos que buscam a perfeição nas soluções, leques de opções que se apresentam.
Mentes mirabulantes, que montam e logo a seguir desmancham.
Infindáveis possibiliades.
Infinitas estradas que todas te levam ao mesmo, ao sofrimento.
Pára. Pára por um pouco.
Lembra-te do desejo inicial, da possibiliade que fez todas as outras se manifestarem.
Lembra-te. Lembra-te quem és, do que realmente desejas.
O caminho é apenas Um. Podemos fugir, podemos ter medo, podemos e mais podemos.
Mas o coração descansa e aguarda pela chamada.
Aguarda na certeza de que um dia a porta se abre.
Abre e pela Luz de todos os Sóis deste e de outros planetas, surgirá a Luz do Coração.
A verdade que sempre lá esteve e que por tanto tempo esperou pela sua chamada.
Não me canso de esperar. A vida é uma aprendizagem, um abrir e fechar de portas, um rolar constante.
Hoje estou aqui. Num amanhã lá estarei.
Até já querida Índia.
Estás no meu coração.

OM NAMAH SHIVAYA

Dina

sábado, 10 de outubro de 2009

Cartas de Amor

Se os amantes se permitessem a ouvir a voz do coração, nunca as cartas de amor trariam feridas.
Se o coração falasse, se ele tivesse tempo e espaço para falar, todas as cartas de amor que foram escritas trariam a cura sagrada para a existência de todas as vidas.
Tragam a verdade do vosso coração a cada linha, a cada palavra, que não precisa de ser bonita ou fazer sentido.
Escrever amor é ser amor, é viver em amor, é amar, é amor...
e é tão bom!

Cartas de amor... cartas da vida.

Tragam a voz do vosso coração e sejam verdadeiramente felizes em todos os dias das vossas vidas.

OM BABA OM

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Salto para o Infinito

Ponto de partida?
Eu própria.

Destino?
O meu coração.

O único, o verdadeiro, o mestre, o velho sábio que nunca mente e que sempre orienta.

Eu, Dina, hoje agradeço ao meu coração e ao coração de todos aqueles que me iluminam.

OM NAMAHA SHIVAYA

*Que a Luz da Verdade possa sempre iluminar o vosso Coração*

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O Tempo


Tempo de espera?
Aquele que realmente precisas. Deus é grande e está sempre contigo.
Deus protege. Deus encaminha.
E se a mente grita, não a sigas, não a escutes, não a sintas.
Tempo é tempo e deve ser sempre vivido no vazio, através do vazio.
Mestria. Sapiência. Paciência. Prodígio. Alma que ensina.
Dona do tempo, dona da minha vida.
Tempo não é tempo, tempo é vida, é infinito.
Larga a bola, larga a esfera, larga o que ela ensina.
Sente e abre a porta da magia.
O concreto não existe. A certeza altera de dia para dia.
A transformação acontece em menos de nada e tu já és Magia.
Ser o Ser que constrói esta poesia.
Entra. Vem, vem comigo.
Que o tempo se torne o mestre da tua vida.
Ele é sabio e guia-te.
Um beijo cheio de alegria, vazio de tempo, eterno de espaço, espaço sem tempo, tempo do vazio, cheio de nada, repleto de magia.

OM NAMAHA SHIVAYA

Dina

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Sou

Eu, Dina,
Não sou as minhas palavras
Não sou os meus actos
Não sou o que digo
Não sou os meus pensamentos
Não sou os meus desejos
Não sou os meus feitos
Não sou as minhas conquistas
Não sou o meu corpo
Não sou as minhas fantasias
Não sou as minhas emoções
Não sou os meus devaneios
Não sou os meus medos
Não sou o que não sou
Não sou um pertence
Não sou um objecto
Não sou um sentir

Sou uma alma dentro dum corpo
Um espírito solene
Um pedaço de Deus
Uma chama acesa

Sou Luz
Sou silêncio
Sou quietude
Sou mar
Sou terra
Sou as estrelas
Sou a criança que todos os dias cresce
Sou alma
Sou alegria

Eu, Dina, sou o que Sou e sou Feliz

OM NAMAHA SHIVAYA*

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Cornucópias da Vida

De onde vem este sentido?
Onde nasce este rio?
Sou eu quem o escrevo ou meramente me ligo?
Panóplia de sentimentos.
Retalhos de sentires.
Memórias avivadas, beleza em ver partir.
Criar é ficar. É criar raízes.
Quero criar. Permanecer. Escutar. Viver no dentro.
Detentora de mil segredos, todos vos quero desvendar.
Doce dança, eterna poesia. Sinto este almejar, este sentido.
O peito sobe e a mente silencia.
Quero criar, criar uma vida. A minha vida. A tua síntese. A nossa loja de palavras, de sentires, de partilha.
Abro-me à Vida.
O reconhecer acontece. Um despertar fica.
Abrir janelas, fechar portas.
Entrar sem saber o que nelas se encontram.
Quero ver a Luz através dos olhos da magia.
Onde o branco é dourado e onde a cura é feita de poesia, de momentos, de encontros singulares, de olhares conectados, de profundos sentires.
Eu, Dina, estou pronta para a minha Vida.

Que a tua Luz se cruze com a minha. Agora.

OM NAMAHA SHIVAYA*

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Os Desejos vs O Desejo

Ao respirarmos profundamente no nosso Ser, depressa descobrimos de onde vem um desejo.
O desejo que nasce no coração, é trazido da fonte pela luz da nossa Alma.
É um desejo que faz estremecer todo o corpo.
É um sorriso que se abre e percorre todos os espaços e que por fim, sentimos que chegámos a casa.
À nossa verdadeira casa. À casa do coração.
Vozes são muitas. Desejos são imensos. Mas apenas um é verdadeiro, em cada momento, em todos os momentos.

Hoje pergunto-me:

“De onde vêem os desejos?”

Ao qual respondo-me:

“Tenho vários desejos e o desejo que atropela o Desejo Maior é o desejo de ser exactamente como o meu Ego quer que seja. E a vida sabiamente me mostra , que não é esse o Caminho. Mas o Desejo orignal, esse permanece no meu coração. Esse conheco-o, sinto-o e almejo-o todos os dias da minha vida.”

Hoje partilho convosco, um dos pensamentos que alimenta a barriga da minha Alma:)

“O que for a profundeza do teu Ser, assim será o teu Desejo.
O que for o teu Desejo, assim será a tua Vontade.
O que for a tua Vontade, assim serão os teus Actos.
O que forem os teus Actos, assim será o teu Destino...”
In Birhadaranyaka – Upanishad IV

Até já Caminhantes.

Bons Desejos*Boas Viagens*Bom Destino*

HARI OM HARI OM

sábado, 19 de setembro de 2009

A Vida em Milagres

Todos nós já ouvimos falar deles, mas julgamos que milagres é coisa de Santo.
Diz o dicionário, que milagre é um facto sobrenatural oposto às leis da Natureza... um portento,uma maravilha, um prodígio.
Na minha experiência, no meu Ser, atrevo-me a dizer...
O milagre acontece na entrega, na totalidade, na cortina que existe debaixo do pó escondido, onde vive o amor no silêncio, onde brinca e espera a criança luminosa, pura.
Assistir a um milagre, vivencia-lo, é tocar esse estado.
É despir o corpo, sair dos pensamentos e deixar a Alma tocar, falar, co-existir no espaço que é tão seu.
Aceder ao Céu em menos de nada, esfregar os olhos e ver e sentir que um milagre aconteceu.
Acontece rápido, desce e entra. Materializa e fica.
O percurso é longo, mas a chegada a ele, é um instante.
É sonoro e silencioso.
É doce e único.
É branco e luminoso.
Os milagres são feitos de côco, sabem a jasmim e falam através das nuvens.
Não sou santa, sou apenas uma humana.
E ser Ser humano, é por si só o mais belo dos milagres.

Eu, Dina, presenteio a minha vida e a dos outros com os milagres que vejo, sinto e vivo na minha vida.

Que a Luz dos Milagres esteja convosco.

HOJE, AMANHÃ E SEMPRE*

Confiem, entreguem... vivam o vosso Destino.

OM NAMAHA SHIVAYA

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Entrega


Ponto de partida?
Desejo
O Caminho?
Fé, crença absoluta.
Desejo supremo, força que movimenta, que eleva.
Olhar em volta e transformar os impossíveis em concretizáveis.
Alimentar o sonho, dar de beber ao desejo, torná-lo maior aos nossos olhos e ampliá-lo para o Mundo.
Cresce em mim o desejo, nasce em mim a vontade, dou de beber ao Cosmos com o leite do desejo e ponho na matéria o espelho da minha Alma.
Caminho. Devagar, mas caminho.
Caminhar dentro, é esperar que a borboleta bata asas e voe graciosa mostrando o brilho de suas asas.
Dentro do casulo, espero e construo, até o sol brindar-me com a sua chegada.

Eu, Dina, acredito e confio. Sou Luz, Luz divina. Faço parte da Criação, contribuo com a minha pegada.

A todos os Seres Cósmicos, um rasgo de esperança, um sopro apagado, um beijo na face.

OM NAMAHA SHIVAYA*

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O Chamamento


Pedaços de histórias.
Aglomerados de letras.
Palavras que vêem de dentro.

Sopro do Firmamento.
Força do Vento.
Certeza.

Rasgo as paredes e sem pressa entro.
Está tudo lá dentro.
Cá dentro.
Infinita Luz.
Paz de Sempre.
Sou eu. É Ele.
O Chamamento.

Voz que chama.
Voz de dentro.
Parte, parte de uma só vez.
Bebe a sede do teu corpo já cansado de tanta espera.
Banha-te no Rio sagrado dos segredos.

Flor. Flor sem medo.
Poeta. Poeta do Firmamento.
Desdobra-te em mil pedaços e parte em busca dos teus Encantamentos.

Está na hora.
Chega a hora do Firmamento.

Peso. Peso leve. Peso sem peso.

É hora.
É hora de voar.
Voar em direcção ao que me espera, há tanto, tanto tempo.

OM NAMAH SHIVAYA*

Para Sempre.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

As Palavras e o Sentir

Escrever é dar voz ao coração,
ao sentir mais profundo.
É entrar no âmago e baloiçar através das palavras.
Na linguagem dos homens dá-se nome a tudo o que existe e não existe.
Mas as palavras tornam-se demasiado curtas para trazer o que de mais profundo sinto.
É uma viagem interna, onde os instintos estão alerta e onde o coração reside.
Escrevo para a Cura, do meu Ser e de quem me possa vir a ler.
Sou Luz. E é na Luz que encontro e reencontro todos os meus pedaços.
Sinto o Universo a manifestar-se, a ganhar forma no meu corpo, no meu campo etéreo.
Sinto que pertenço a tudo e que nada me pertence.
É uma voz que vem de longe e que me sussurra ao ouvido:

“Vem. Vem. Entra por esta porta, recebe esta chave e agora descansa um pouco. Tens feito um bom trabalho, mas por agora, descansa. Descansa sob as nuvens, as montanhas, o mar. Toca o Sol, toca na música. Abraça a tua criança e dança esta louca dança que é a vida do Ser dançante. As estrelas lá no alto, riem de contentes, esta festa também é tua. ”

No olhar da inocência e através dele, vejo que não existe um futuro.
O futuro é o tempo do medo, aquele que esquece e faz por esquecer, que é apenas uma fraca figura, uma pálida memória, um desejo inacabado do teu Ser mais profundo.
Esquece esse tempo que é apenas uma fuga, uma desculpa.
Viver o presente é aceitar a beleza, a tristeza, a chuva, o vento, o barulho estridente, o silêncio oco.
Na entrega de cada momento podemos tocar as estrelas, sentir o Cosmos e agradecer esta Universalidade que fala de dentro.

Eu, Dina, Sou grata pela minha existência.

OM NAMAH SHIVAYA*

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Índia: O regresso num piscar de olhos

Índia
Cheiro, cor, gente, imenso. Tudo é imenso. Tudo é intenso.
Incenso que cheira, que queima. Que Transforma.
Estranhos costumes, belos de se ver. Olhares penetrantes, cabelos de seda.
Mãos sujas, mas tão puras de gestos. Corações abertos, almas penantes que vagueiam nas estradas, por entre os espaços apertados. Realidades diversas, visões dispersas.
Animais de poder, objectos santos. Luas que cantam a noite. Mantras que pintam as ruas. Sabores diferentes.
Índia, terra desperta, terra da terra. Acordaste o divino que há em mim.
Solo sagrado, chuva que não passa. Sol árido, quente, pesado. Areia fina, solta, branca de leve.
Águas calmas que lavam a Alma, basta seguir a corrente.
Rezas, vozes estranhas. Surdos de se ver. Fome faminta. Querer e não poder.

Gentes ambíguas, pérolas de Ser.
Índia. Índia. Cantas as memórias guardadas nos templos sagrados.

És tão minha.
Índia. Terra do sempre, para todo o Sempre.
Trago-te ao peito. Hoje e Sempre.
Namaste a todos os Deuses.

domingo, 12 de julho de 2009

Expressão

Encontrar este espaço onde se é, é uma dádiva.
Um constante permanecer na verdade, na essência.
Deixei de ter medo de ser, de exprimir o que há tanto a minha alma queria trazer, dizer, fazer.
Movimento, canto, toque, música, dança.
Arte que flameja e que se encontra no ponto onde começa, onde se funde e onde torna a nascer. Una.
Ser. Ser este Ser amoroso que sabe rir, chorar, pedir, parar. Saber Ser sem ter que Ser.
Criança interna, foste recuperada e és agora por mim amada e acarinhada.
Que bom este reencontro. Juntas, não temos medo. Juntas, vemos as estrelas e percorremos os céus dos Deuses. Que bom te amar.
Bola que brinca, que rodopia, que saltita. Cor e fantasia. Estrada sem medo, apenas alegria.
Inteireza. Ser inteiro na universalidade do saber. Uma porta que se abre e que não mais se fecha.
Demorei tanto tempo a conhecê-la. A conhecer-te. A conhecer-me. Tanto medo. Tanta incerteza.
Tanto tempo. Que bom ter atravessado o túnel desse tempo.
Amar é belo. Ser é apenas Ser. Sem desvios, sem pensamentos.
Entrem nessa estrada e percorram-na. Ela espera-vos. Com toda a certeza.
Quando sentirem desejo, quando sentirem calor no peito, coloquem as mãos ao alto e sintam a chama divina. É Deus quem vos fala e Ele guiar-vos-à pela estrada infinita. Deixem esse calor invadir os vossos corpos, tornem-se nesse calor e sintam a unicidade cósmica que habita e co-habita na chama eterna da Vida.
Deus existe e tu és Ele.
É uma bola, uma esfera, onde o azul transparente preenche com beleza toda esta certeza.
Entrem. Sintam. É uma viagem linda.
Há sol a raiar todo o dia.
Traz a luz do teu sol e canta com toda a tua alegria.
És magia.
Vem Ser dançante, traz a tua chama divina.
Fogo. Fogo que ilumina, que aquece e transparece nesta melodia.
Vida. Chama da Vida.
Espaço. Espaço vazio.
Despe-te.
Tira a roupa que te limita.
Deita fora os devaneios e apaga essa sombra que não existe.
Tira, apenas tira.
Sente na pele o começar de um novo dia e respira.
Olha bem a beleza deste ciclo.
Torna-te na pena que voa suave e entra no caminho. No teu caminho.
Entra. Serás bem-vindo.

A todos os que lêem estas linhas, um forte abraço a saber a Vida.
OM NAMAHA SHIVAYA*

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Jardim da Vida


Quem sou EU?
Quem vive aqui, dentro de mim?
Às vezes sinto-me poeta da vida.
Sinto o pulsar desta energia e atribuo palavras ao que sinto.
Vejo-me águia, montanha, sol, mar.
Pedra, pássaro, movimento, silêncio.
Nos momentos em que me sinto Una, transformo-me num doce jardim.
Onde as flores são roxas, amarelas sem fim.
O cheiro que se respira é suave, doce e perfumado.
Encontro o sabor da eternidade em mim e viajo através do coração e da visão.
Não existem muros ou dúvidas.
Torno-me no próprio vazio que é este sentir.
Não tem espaço e é tão espaçoso, tão Livre.
Medita. Medita.
Conheço bem este sítio.
Se fosse uma palavra, silêncio seria.
Se fosse um bicho, um pássaro seria. E bem alto, voaria.
Se fosse gota, num pequeno rio me tornaria.
Se fosse, se algum dia fosse, apenas seria.
Nas palavras encontro a ponte entre o coração e a razão.
Redescubro-me de cada vez que me entrego à escrita.
Não rotulo. Não penso. Apenas trago o que sinto.
Cada dia é um dia.
E hoje, respiro.
O coração está solto, leve.
O corpo flutua e o amor expande-se por cada sítio.
Eu, Dina, amo este sentir.
Descobri a Paz, hoje Sou Livre.

Dança da Lua

Leveza.
Subtileza.
Beleza.
Tamanha certeza. Grandeza.
Sinto-me tua, fazes parte da janela do meu Ser.
Povoas os meus jardins.
Falas com as minhas estrelas.
Bebes das águas que me lavam e cantas-me os teus Segredos.
Dança do encantamento, do enamoramento.
Sou tua.
Vivo entre o Céu e a Terra.
Viajo de pólo em pólo, com as asas da liberdade e do saber.
És meu sem o ser. Somos sem ter que ser.
Na alquimia. Na fusão dos nossos seres.
Viemos das estrelas.

Somos Guerreiros da Luz.
Espadas ao vento. Serpentes.
Cânticos brancos, a Lua uiva com o peito aberto.
A noite é tua, é minha. É nossa.
Vem dançar a nossa dança, nesta noite tão única.
Espero-te nos Portões Brancos da Luz.

OM NAMAHA SHIVAYA*

terça-feira, 30 de junho de 2009

Amo-te

Silêncio. Vazio. Contínuo. Momento sem Fim.
O coração chora, a mente não pergunta.

Está solidária.
Na dor não há Ego, não há dúvida, a questão não existe.
Este sentir que sobe e que desce, que corrompe todas as partes e me deixa suspensa no meu próprio vazio.
Fica. Fica. É a mensagem que grita.
Deixa-te ficar Dina. Sente a beleza do vazio, do inóspito, do desconhecido.
Atravessa esse túnel, não tenhas pressa. Confia.
Processos de vida. Aprendizagens de crescidos.
Não é amargo, isto que sinto. É suave como uma pena, delicado como uma rosa, mas o peito incha. Cresce na ansiedade do desconhecido.
É Amor isto o que sinto.
Não fico sozinha, não me sinto sozinha.
E é na certeza do ambíguo que adormeço na doce caverna deste sentir.
Amo-te Ivo.


Até já Ser Cósmico*

segunda-feira, 29 de junho de 2009

A Beleza de Ser


Beleza. Imensidão. Gratidão. Visão. Reconhecimento.
Ver a Vida através do olhar de dentro.
Ver nas cores do Céu a magia de cada novo dia. Tudo é novo, tudo é aquele momento.
Encantamento total. Deslumbramento que extasia, que enche, que penetra.
Amar a espera, silenciar a conquista. Agradecer este ímpeto. Energia Vital, Amor que Cura.
Sinto-me viajante de mim própria. Levo uma mochila pequena, mas que às vezes ainda pesa.
Peso.
Medo que teimo em não entregar, em não aceitar.
Mas a beleza de toda esta Viagem, é abrir a mochila e observar.
E na observação, rir das próprias limitações ou pseudo-limitações.
É a mente que limita, que dita, que obriga.
No mar de dentro, o Oceano não tem fim. As estrelas nascem e renascem.
Tudo se recicla, tudo se vive.
Somos viajantes do nosso próprio Caminho.
Abre a tua mochila, mas abre-a com ternura, com amor, com carinho.
És tu quem vais encontrar.
Ama a Vida!
Poesia sem rima, com chama e alegria.
Tens um mar, um sol.
Tens o mar, tens o sol.
És o Mar e o Sol.
Nas sombras das árvores, na brisa que passa, no pássaro que canta, na flor que emana, na pedra que dança, estás tu. Estou eu. Estamos todos.

Hoje é o dia.

ENJOY LIFE!

*OM GANG GANAPATAYE NAMAH*

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Fragmentos Desfragmentados...


Cabelos ao vento.
Gargalhadas de dentro.
Pés nas águas frias do Oceano.
Ergo os braços e contemplo.

Pássaros que esvoaçam.
Ventos que sopram.
Árvores que dançam.
Gritos que flamejam.
É tempo, é tempo!
É tempo de Elevar.

Solta, liberta, parte, quebra.
Escuta, sente, toca, dança.

És Deus. És Luz. És semente.
Porta do Infinito, umbral do Além.
De onde vens?
E o que queres?
Pára. Pára, nem que seja por um momento.
Sente. Sente.
Sente a poeira no ar.
Sente a água surda do ribeiro.
Há histórias por contar.

Levanta o pano, há sombras a quererem brilhar.
Entra, vem sem medo.
Abre o peito ao vento e deixa a chuva entrar.
Palavra suspensa.
Faixa presa.
Bola no ar.
Corre, corre sem parar.
Entra, entra.
Entra pela porta adentro.
Deixa a Luz te iluminar.

No eco da existência, novas formas se vão Criar.
Olha o sonho.
Sonha o sonho. Fala a linguagem dos Mortos, mas não te deixes enganar.
É a tua Alma a falar.
Canta a voz serena, outrora guardada.
Abre a janela do teu peito.
Por favor, deixa-me entrar.
Prometo ser meiga, quero apenas te abraçar.
Cala a voz estridente, que teima em parafrasear.
Entrega-te ao nú do meu corpo e deixa-te ficar.
Uma roseira branca quer agora falar.
No calor do meu peito, o teu jardim será plantado, cuidado e celestialmente regado.
Girassóis de vento, borboletas de mar.
Uma nova canção vai começar.
Abre o peito ao Céu e deixa simplesmente entrar.
Pela mão de Deus, o Amor vai agora se celebrar.
Os anjos desceram à Terra, uma união vai se materializar.
Há brilho no teu olhar.
Olhas através do escuro, mas é a Luz que quer brotar.

Entrega-te!

Um novo ciclo vai começar*

OM NAMAH SHIVAYA

Caminhantes AMEM-SE!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Esperar

Esperar dentro de nós.
Esperar que aconteça, que se torne realidade.
Esperar bem dentro de nós, mantendo sempre a chama acesa.
O tempo há-de passar.
Quando se vive no Presente, vive-se depressa e devagar.
Os dias correm rápido, mas a nossa jornada faz-se devagar.
Um dia junta-se a outro e nisto são semanas e meses a Criar.
Quando decidimos olhar a tela, ver o que ficou para trás, tudo parece ter sido ontem e a sensação, é que foi rápido lá chegar.
Dentro de mim existe um espaço e um tempo, onde o tempo não se pensa, não se sente.
Sabe a nada e é tudo.
Não tem forma, mas consigo tocar.
É o meu Local Sagrado.
Nele toca a música da minha Alma, o silêncio prospera e há muita magia a brotar.
É onde tudo acontece e nada se questiona. É apenas estar.
Quando entro por esta porta, a mente pára e o respirar de tão curto que é, quase não se nota.
É vazio e cheio.
Adoro estar neste Lugar.

Até já.

Com muito muito Amor.

*OM NAMAHA SHIVAYA*

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Caminhar


Meter a mochila às costas e ir em direcção a um destino.
Caminhar com um propósito. A descoberta de nós próprios.
Com ou sem mochila, com ou sem destino, todos os dias caminhamos nas nossas vidas.
Construímos as histórias que vão fazendo parte das nossas vidas.
Hoje, como tantos outros dias, é um dia especial.
Um dia em que o Caminho fala mais alto.
O dele, que meteu a mochila às costas e o meu que se vai mostrando aos poucos.
Caminhar é viver um dia de cada vez.
É ter esperança e acreditar de que somos capazes.
É sentir o entusiasmo percorrer-nos o corpo e a Alma.
Caminhar é olhar em frente e sorrir, agradecendo tudo o que nos acontece.
O entusiasmo é o alimento da Alma.
Sente-o. Vive-o.
Viver entusiasmado é brincar de mãos dadas com a nossa criança interior.
É brincar às magias e deixar que a magia desça até ao que chamamos de realidade física.
Olha bem à tua volta.
Há magia dentro e fora e está tudo bem dentro de ti.
Se o dia de hoje fosse uma palavra, entusiasmo seria :)


Amo a Vida!

Boa Caminhada

Até já.

OM SAT SURYA* OM NAMAH SHIVAYA*



sábado, 9 de maio de 2009

O Eterno Amor vs O Eterno Medo


Lembro-me de ter feito esta pergunta a uma amiga especial, há 3 anos atrás.
“Quando o amor é verdadeiro, ele espera? “
Ela com um olhar sereno e tranquilo disse-me:
“Não, não espera”.
E eu confiei nas suas palavras.
Hoje, volto a fazer a pergunta, mas desta vez a mim própria.
Até agora, ainda não sei a resposta.
Claro que a cabeça já deu a sua sentença e as reacções não tardaram. Uma protecção ergueu-se sob mim e a boca parece querer dizer todos os disparates e mais alguns.
Respirar…
Para já a única coisa que (sei) é que só mais tarde irei saber, até lá…
A sentença é:
Vive a Vida! Desapega-te! Confia! Está tudo Certo!
Dói… mas… Cresço.
E tu?
Acreditas que quando o amor é verdadeiro, podemos fazer Pause, viver as nossas vidas e depois um dia, voltamos a fazer Play?!”

Paulo Coelho disse:
“O Amor se descobre através da prática de amar e não das palavras."

e ainda..

"Se você quer entender o amor, aprenda a liberdade."

Jean-François Regnard acrescentou:
"Quando o amor quer falar, a razão deve calar-se."

Khali Gibran sabiamente disse:
"Quando o amor vos fizer sinal, segui-o; ainda que os seus caminhos sejam duros e escarpados. E quando as suas asas vos envolverem, entregai-vos; ainda que a espada escondida na sua plumagem vos possa ferir."

Mahatma Gandhi, o Eterno disse:
"Quem busca a verdade, quem obedece a lei do amor, não pode estar preocupado com o amanhã."

Eu para já digo:

Tenho medo… (e palavras para quê...)

E ao constatar isto, percebo então a resposta.

Fico-me por aqui.

Os sábios ajudam e inspiram, mas… está tudo dentro de Nós.

Boas descobertas.

Até amanhã Caminhantes.

terça-feira, 5 de maio de 2009

O Tempo


O Tempo que corre lá fora, é igual ao tempo que ocorre cá dentro.
Cá dentro, provoca ansiedade quando o tempo parece não correr.
Um dia, dois dias, uma semana.
Se pensarmos na vida como um todo e não como dias, semanas ou meses, depressa percebemos que o tempo deixa de ser tempo.
Aceitar o fluxo entre o querer e o viver, é uma verdadeira mestria.
Pensar, criar, experimentar, sentir, realizar, concretizar.
Passo a passo.
O bom de se escrever é dar corpo ao que se sente, tirando o peso da emoção e do pensamento que teima.
Na escrita encontro a Porta para a Eternidade, onde o tempo não tem tempo.
Nada é nada. Como tudo é tanto e nada é tudo.
No refúgio das palavras, encontro o tempo do meu próprio tempo.
Aquele que silencia, que apazigua a Alma.
No tempo do meu tempo, está o tempo do grande Tempo.
Sem espaço, sem forma, sem acção.
No vazio.
No vazio que é o Tempo.
O tempo é algo que a nossa mente cria, como um obstáculo à concretização dos nossos Sonhos.
A partir de hoje, o tempo será apenas uma palavra.
Uma palavra.


Que o caminho entre o nosso coração, a Terra e o Céu seja feito através do Vazio.
Do Todo. Do Tudo. Do Nada.

Com muito AMOR.

*OM NAMAH SHIVAYA*


segunda-feira, 27 de abril de 2009

O Sentir do Momento

O vento traz a memória do que já foi e ainda continua a ser.
O sol traz a esperança.
A terra traz a sabedoria para viver a espera.

Um rasgar de dentro deixa-me ao desnudo.
Inspiro o dia como da eternidade se tratasse e convido a noite a entrar.
Entrego-me ao Mundo dos Sonhos e balanço de galho em galho.
Asas de Amor que me levam e trazem.

Sou menina outra vez.

Abro-me a cada nota musical e deixo-me ser tocada.
Respiro para o Céu e sopro o Sopro da Vida.
Sinto a Luz entrar. O Portão dos Céus está finalmente aberto.
Fragmentos saltitam por todo o lado.
Bolas de Luz dançam encantadas.
As cores do arco-íris, pintam agora o céu do meu coração.

Estou em Paz.

OM NAMAH SHIVAYA

Clean Your Mind

Todos os cibernautas recebem diariamente pacotes de e-mails que não interessam nem ao menino que todos nós conhecemos (com todo o respeito, porque amo-o profundamente), mas nunca na vida pensei em receber um e-mail que de uma forma simples, prática e pode-se dizer que muito higiénica, me pudesse ajudar a sentir tão aliviada, num curto espaço de tempo :)

O projecto dá-se pelo nome de “Clean Your Mind” e vão andar pelas ruas de Lisboa no dia 2 de Maio das 12.30h às 14h e das 16h às 19h, a incentivar as pessoas a mandarem literalmente os seus problemas à MERDA.



Como este “problema” já me perseguia há algum tempo e ultimamente me tenho sentido mais aflita, por tanto não querer pensar nele e de tanto pensar…. Decidi por mãos à obra e mandar o dito cujo aquele sítio :)

O acto de escrever com consciência, determinação e fé fez-me mesmo sentir mais aliviada.


Ri-me por dentro e por fora!


Experimentem!


Criamos a nossa realidade e os nossos pensamentos são uma forma de criá-la a toda hora e instante.


PENSEMOS COM AMOR!


*OM NAMAH SHIVAYA*

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Sonhar


Sonhar é acreditar, é sentir que um dia é possível.
Sou uma sonhadora. Sempre sonhei e quanto mais cresço, mais sonho.
Ir às nuvens de cada coisa, respirar a essência de cada sonho, sentir cada partícula, dar energia e forma a esse sonho, trazê-lo ao coração e emanar essa fé para o céu, para o todo.
Quando a vida acontece, quando a nossa vida realmente acontece, são os nossos sonhos mais profundos a manifestarem-se. Aqueles que estavam nas gavetas, já empoeirados, mas que nunca deixaram de lá estar. Amo esta ciranda. Ver em volta que tudo começa a acontecer, a ganhar forma. Às vezes tenho pressa, não me consigo conter com tamanha grandeza, mas o tempo tem o seu tempo e nessa espera muito se aprende.
De que tamanho é a nossa fé? E os nossos sonhos? São fruto de quê, de onde vêem?
Na espera está a semente a germinar.

Olhemos para cada semente, para cada pedaço que cresce.

Há que apreciar o caminho que a nossa árvore interna trilha.

Nunca deixem de olhar para as estrelas.
Nunca deixem de acreditar.
Sejam aquilo que sempre foram.
Vocês mesmos.
Soltem as amarras e celebrem cada vitória.
Dancem cada pedaço vosso.
Hoje apetece-me abrir a janela do meu coração e gritar com alegria

“Be yourself no matter what they say”

Até já Caminhantes

domingo, 12 de abril de 2009

Simplesmente.. Manu

É nosso costume falar das pessoas, quando estas partem.

Hoje, apetece-me falar de ti, ou melhor para ti.

Na fúria do teu viver, está a porta do teu saber, do teu Ser.
As histórias cansaram-se de ser histórias.
Não há tempo a perder.
Que desça até ti, a sabedoria que a tua Alma tão bem aprendeu.
Venha de lá a feiticeira curandeira.


Olha bem para ti!

Hoje, celebro-te querida Manu.
Abriste a porta da floresta.

Já sabes o que te espera! :)

Estamos juntas neste Caminho.

Até já.

Solzinho :)

sábado, 11 de abril de 2009

O Amor Cura

Vi esta frase pela primeira vez, há cinco anos atrás na cozinha do Centro Mariposa, no Algarve.
Lembro-me de entrar na cozinha, de ler a frase e pensar…

“Mas o que é que isto quererá dizer? E numa cozinha?!?”
Nunca mais me esqueci da frase e a partir desse dia, foram muitas as vezes que a li e ouvi.
Quando deixamos de procurar fora e entregamos tudo o que temos, o que sentimos, somos brindados pela magia do Amor.
Ele sempre esteve cá, eu apenas ainda não me tinha proposto a vê-lo, a senti-lo.

É simplesmente maravilhoso ser-se o que se É.

Eu, Dina, hoje digo bem alto…”O AMOR CURA"

Está tudo dentro de nós, nunca desistam de procurar.

Um beijo cheio de mim.

Até já caminhantes.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Inspiração


A música já toca.
Aguardo a descida e deixo-me ser banhada.
Lembro-me da eternidade do teu olhar, da tua voz que mais parece ter vindo da Terra dos Magos e lembro-me sobretudo da tua energia quente, amorosa.
A inspiração vem através de Deus, do Amor.
É uma força criadora que nos move, que nos faz sentir grandes e pequenos.
Deus guia-me e tu inspiras-me.
Oh Guerreiro, tu que puxas da tua espada com beleza e suavidade, encantas os becos por onde passas.
Trazes poesia e esperança ao coração dos fracos e alimentas a Alma dos pobres com a tua simplicidade.
Agora diz-me..
Onde deixaste o teu cavalo branco?
Ou terás mesmo vindo da Terra dos Magos, através de uma poção mágica?
De cada vez que te olho, mais vontade sinto em te olhar.
De fechar os olhos e desligar.
A minha descoberta, permitiu-me estar pronta para te receber.
Procurei e encontrei-me.
Desejei e desenhei-te.
Senti-te e logo te Amei.
Guerreiro dos Caminhos do Amor, a galope ou a voar, juntos caminharemos de mãos dadas.
Abriremos os Portais da Eternidade.
Feitos de Luz e guiados pela luz, um caminho luminoso nos espera.
Possamos nós caminhar de forma atenta por todos os trilhos que passarmos.
O meu coração vai respirar e largar.

Vou-te amar.
Uma vida cheia de Amor, para todos nós.
*BABA NAM KEVALAM*

domingo, 5 de abril de 2009

Ser o que se É


Viver na verdade, é ter a coragem de ver para além do que se vê.
É pôr para fora todos os movimentos e medos que vêm de dentro.
É esquecer o conceito do que é bom ou mau e do que faz bem ou mal.
É sentir um sopro de cima e ir. Ir até onde se tiver de ir.
Quebrar a distância entre a realidade e a ilusão e abraçar o que ficou entre essa distância, pois é aí que reside a verdade.
Batalhamos contra nós próprios, exigindo coisas sem fim.
Há que parar.
Está tudo dentro de nós.
Mergulhar para dentro dá-nos a oportunidade de viver no lado de fora.
O milagre da vida acontece a todos os instantes. Tomemos consciência dele. Aceitemo-nos tal como somos. Há que esquecer os heróis de banda desenhada, os gurus ou sadus.
A vida é real e acontece bem aqui.
Sinto este desejo dentro de mim. Cansei-me da luta, da dúvida. Quero apenas amar.
E amar é… acordar, dizer bom dia a mim, ao outro e ao mundo. Vivendo e experienciando o próprio milagre que é a vida.
Amem-se. Escutem-se. Entreguem-se. Deixem que a vontade de Deus se manifeste e aceitem esse sopro.
A verdade chega através dum sopro.
Boa Caminhada

sexta-feira, 3 de abril de 2009

O Pulsar da Escrita


Fecho os olhos e respiro.
Encontro sensações, emoções, sentimentos, pensamentos.
Sinto algo de novo a querer surgir.
Um mar de histórias e pensamentos sem fim vão ganhando forma, bem dentro de mim.
Na arte da escrita, muitos são os que trazem a voz do coração.
Tocados pela Centelha Divina, traçam linhas e mais linhas.

Mensagens que se perpetuam na Eternidade e na Verdade do que um dia sentiram.
Ler, é dar de beber à Alma, é nutrir e preencher o vazio.
Do vazio nasce o meio e no meio se fica. Suspensos na voz do Conhecimento, conceitos e preconceitos se criam.
Aprender é sentir, é viver.
É, deixar sair.
Anseio por este toque divino.
Olho para dentro e palpito.
A história quer mesmo ganhar vida.
Interrogo-me se estarei pronta. A cabeça ainda tem vida.
Olho novamente para dentro e sinto. Sinto as palavras que um dia foram escritas.
Escrever é dar forma física ao Universo que nos habita.
Que desçam todos os Mestres, ao quente dos nossos dias.


Somos Seres de Luz. Somos Vida.

OM SURYA OM

terça-feira, 31 de março de 2009

Realidade ou Ilusão?


Afinal, o que é a realidade? Onde começa e acaba a ilusão?
Embrenhados no fluxo de cada momento, vivemos o que nele existe.
Real ou não, vivemo-lo e desta forma fazemos com que se torne real.
Assumir o leme da nossa vida, é de facto uma grande responsabilidade.
Obriga-nos a aprender a aceitar e a respirar na verdade do que acontece.
Avassalados pelo que sentimos, ficamos sem forças, interrogamos o porquê das coisas e a fragilidade toma conta de nós. Deixando-nos no vazio.
A mensagem de hoje, para mim própria é:
De cada vez que a escuridão me fizer uma visita e o medo se instalar, abrirei a porta do meu coração e deixá-la-ei entrar. No jardim do meu coração existe a Luz Eterna, a Luz que brilha!
Ser ser humano todos os dias não é tarefa fácil.
Às vezes bem que apetecia dar uma escapadinha.

Hoje era um bom dia :)

Jesus disse:

“O caminho original é só um, e percebemos que o encontrámos porque as pernas tremem, o coração pulsa e a emoção aflora. Nessa altura, terás encontrado – o corpo explica tudo se o tivermos em atenção.
Até lá, até o corpo saltar de alegria dizendo “É aqui que me sinto em casa”, até lá, vai fazendo os percursos, aprendendo com cada um, sem alimentar ilusões.

Boas Viagens


segunda-feira, 9 de março de 2009

O Caminho vs A Espera


Termino o dia de hoje, com uma célebre frase do poderoso filme “Matrix”.
Lembro-me desta frase várias vezes, mas hoje tocou mais forte.
Morpheus diz a Néo, qualquer coisa como…
“Apesar de saberes qual o caminho. O caminho tem de ser percorrido”. É simplesmente perfeito!
No caminho da consciência, vamos ganhando bónus por fazer parte dele.
Mantendo o contacto com a nossa Matriz e com o Céu, vamos recebendo sinais e percebendo para onde nos estamos a dirigir.
Acredito e confio inteiramente para onde estou a ser guiada. Sei que grande parte do trabalho tem de ser feito por mim, mas é com muita gratidão, alegria e entusiasmo que o faço.
É um renascer, quase a cada dia que passa. A esperança e a lembrança por vezes vão, mas de cada vez que voltam, vêm mais luminosas, mais brilhantes.
Somos mesmo cíclicos, tal como a Mãe Terra.
E que beleza há neste constante movimento! É lindo.
Começo agora a perceber, a importância de nos conhecermos.
Os dias cinzentos são inevitáveis. Os ciclos dos pensamentos que nos atrofiam são quase impossíveis de deixarem de fazer parte das nossas cabeças.
Somos seres humanos. E a cabeça faz parte do nosso perfeito sistema.
O maravilhoso de nos conhecermos é, escutarmo-nos e pararmos… Ou avançarmos…

E hoje, foi dia de parar.

E que grata me sinto! As respostas vieram todas e sem ser preciso entrar no ciclo dos pensamentos exaustivos e dos pedidos massivos de sinais.

Pára. Escuta. Olha.

Um pouco como o ritual que se faz antes de atravessar uma passadeira.

Quando vemos que é seguro, avançamos.

Tão fácil :)

?!?

Por agora, vou prosseguir caminho. O meu caminho.

*Hey Amba, Hey Amba, Hey Amba Bol
Eeshwara Sat Chitta, Ananda Bol
Saamba Sada Shiva, Saamba Sada Shiva, Saamba Sada Shiva Bol
Paalaka Preraka Satpathi Bol
Amba Amba Jaya Jagadamba , Akhilaandeshwari Jaya Jagadamba*

Om Babaji Om!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Concerto de Nitin Sawhney: Música vinda directamente do Céu

Assistir a um concerto de Nitin Sawhney é viver uma experiência espiritual.
É fechar os olhos e sentir. Deixar ser-se absorvido por toda a construção musical, sons místicos e vozes celestiais.
E simplesmente viajar.
No passado dia 28 de Fevereiro, tive a oportunidade de vê-lo tocar ao vivo pela segunda vez.
O meu corpo dançou e vibrou movimentos nunca antes sentidos e o meu espírito sentiu e tocou a essência da Música, aquela que toca e canta a Voz e o Som Universais.
As palmas até parece que deixam de fazer sentido, dando lugar ao coração que aplaude e agradece em silêncio por tamanha vibração e entrega.
Senti-me una e completamente abençoada.
Trouxe ao coração o sabor do amor que a minha Alma já reconheceu e pedi com todas as minhas forças o reencontro com essa Alma. Ligados pela música e pelo amor, sinto que as nossas mensagens mais profundas são entregues e integradas.
E por isso, respiro na espera.

O fio da Vida é apenas um. Estamos todos ligados :)

A vocês, Músicos do Mundo, sou grata por existirem.

A ti, viajante do Tempo… deixo-te esta mensagem:

“Olha, escuta e sente o Céu. Eu estou lá.”

O Hoje...



















Os últimos dias têm sido produtivos.
Tomadas de consciência importantes e encontros interessantes.

Chego ao final do dia de hoje, com o sentimento profundo de que temos sempre oportunidade de transformar.
E a arte de transformar começa por se sentir cá dentro. Tal como um artista (suponho…) que sente primeiro a obra nascer internamente e depois então a materializa no campo físico, no exterior.
Vejo e sinto a vida dessa forma. Os dias já não são apenas dias, mas sim verdadeiras oportunidades.
No momento presente, tenho o privilégio de poder ver o Céu com um olhar atento, de sentir o Sol sem pressa e de escutar a vida com muito amor e gratidão. Sinto que estou nas férias grandes da escola e que com tempo e cabeça posso escolher o curso que realmente quero fazer, o do propósito da minha Vida.
Embora às vezes me seja difícil aceitar o ponto onde estou, dentro do meu coração há um lugar onde o Sol sempre brilha e onde o meu ser canta. Quando mergulho no silêncio do meu coração é a Primavera que sinto, que vejo e cheiro. E é esse sentimento doce e suave que busco manter. Num compromisso diário comigo mesma, sou levada em direcção ao meu caminho e sou acompanhada por pessoas fantásticas, que tal como eu sentem que a vida é para ser vivida em pleno, num estado contemplativo e gracioso.
Quando conectada com a Terra e com o Céu, sinto-me parte de Deus e compreendo a beleza e o mistério do crescer.

Amo a vida e escolhi viver.

O trabalho final de hoje é:

Eu, Dina, sou um presente de Deus e sou amada e aceite assim tal como sou.

Boa Caminhada.

*OM NAMAHA SHIVAYA*