domingo, 15 de novembro de 2009

Deixar ir...

A duas semanas de partir, venho até aqui.
Ontem dei por mim a perguntar ao Céu:
“Índia porque é que chamas por mim?”, “O que é que queres de mim?”.
E assim que faço estas perguntas, algo estremeceu cá dentro e uma sensação quente apoderou-se do meu coração. Sorri e deixei-me ir.
Tenho sentido tantos medos, parece que o tapete da sujeira levantou-se sem mesmo ter pedido. Há coisas que não se controlam, elas simplesmente acontecem.
E é o deixar acontecer que ainda não encontro em mim e é aqui que os pensamentos do medo aparecem e querem tomar conta de mim.
Somos seres pensantes, seres racionais e de cada vez que nos deparamos com algo novo, o sistema informático começa a agir.
De acordo com as nossas crenças, limitações, desejos e afins, o corpo faz um print e num de repente começa um ir e vir de sentires.
E assim se vive, numa eterna simbiose com o que se pensa, sente, faz e diz.
Criar uma ponte entre todas estas realidades é uma mestria e viver de acordo com todas elas, é a chave para se ser feliz.
Ao meu redor há discursos de medo, de frustações, de desejos perdidos, bem como palavras de esperança, forças do caminho. Dentro de mim continua este ímpeto, que vibra sem eu mesma pedir.
Ontem perguntei ao Céu o porquê de tudo isto?
A minha mente ainda tem medo de ver, mas o meu coração sente e pede-me para ir.
Num cenário meio tenebroso, pouco seguro, parto para a aventura.
Parto para uma aventura chamada amor, que cresce e aquece o meu coração todos os dias.
Não sei ao que vou, nem tão pouco o que vou encontrar.
Com todas as janelas bem abertas, vou.
De sorriso nos lábios e num infindável corropio de sensações e emoções, parto por fim.
No coração levo a esperança dum novo surgir, aquele que há tanto espero e que sei existir.
Os gnomos, as fadas, as estrelas, os povos dançantes existem sempre se assim o permitirmos.
Se deixarmos as portas abertas, todos eles saberão que são bem-vindos e quando menos esperarmos a beleza das suas luzes estarão nas nossas vidas.
Viver? Sim, muito.
Arriscar? Por Amor? Sim. Sempre.
Como diz o poeta: “Vale sempre a pena, quando a Alma não é pequena”.
Vão atrás dos sonhos engavetados, abram as gavetas com carinho e deixem-se levar.
E quando os medos subirem, peçam ajuda ao Céu e miraculosamente o Divino se manifesta e os vossos corações voltarão a sorrir.
Que a minha paz, alegria e sabedoria seja a ponte entre mim, entre ti.
No caminho do Amor não existe eu ou tu, existe apenas uma via, um meio, para se chegar a casa por fim..
O nosso destino é sempre o caminho do amor, o número da nossa porta escreve-se sempre com quatro letrinhas apenas :)
Na penúmbra da noite, no silêncio do meu sentir, estará cada um de vós a vibrar por aquilo que todos nós desejamos, ser felizes.

Sejam todos muito felizes.

Até já.

Dina

... de regresso a casa.

OM NAMAH SHIVAYA*

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